domingo, 28 de dezembro de 2008

"desculpa". quando vi esta mensagem no meu telemóvel pensei que finalmente (talvez imbuido pelo espirito da época) vinhas redimir-te do que tinhas feito. pensei que finalmente tinhas tomado a coragem que já devias ter tido há tanto tempo para tentar corrigir o sofrimento que me provocaste. afinal não era tua a mensagem e voltei a pensar e a tentar perceber os motivos de teres tido tal atitude

domingo, 14 de dezembro de 2008

queria agradecer-te o fim de semana que nos deste. és a minha enfermeira mesmo sem o saberes. com os teus mimos curas-me o coração.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

queria dizer-vos, queridas amigas, obrigada pelas vossas mensagens. se soubessem a felicidade que me deram : )
"the secret of life is to have no fear"
vi há dias esta frase num blog e apesar de não ser uma grande descoberta, lembrei-me de como é diferente quando sentimos a sensação de liberdade que é não termos medo.
coincidência ou não, encontrei na passada segunda feira nos jardins do palácio de cristal, a seguinte frase de péricles numa estátua:
"o segredo da felicidade está na liberdade.
o segredo da liberdade está na coragem"
não sou corajosa, mas já senti por algumas vezes esta sensação de liberdade, ou mais propriamente a libertação do medo. o mundo não se torna mais seguro ou a nossa vida menos incerta mas deixa-nos uma sensação de leveza e profunda alegria.
lembro-me há cerca de 3 anos quando atravessava um periodo de forte desmotivação profissional, a segurança material que ambicionava deixou de fazer tanto sentido para mim. este desapego fez-me deixar de ter medo de a perder e consequentemente deixei de ter medo de errar, de não ser perfeita, de não conseguir sempre solução para tudo etc. libertou-me da prisão em que eu propria me tinha colocado.
numa outra altura, há muito tempo, foi precisamente o contrário: após um periodo em que vivi tão intensamente, sentia-me tão completa, com uma sensação de satisfação plena que me fazia pensar que se morresse no dia seguinte já tinha valido a pena. foi a sensação de felicidade e de plenitude que me fez perder o medo da morte.
agora já não pensa tanto assim, em parte pelo sofrimento que eventualmente iria causar aos que sentiriam a minha falta e em parte porque ainda quero usufruir ao máximo a oportunidade que é viver esta vida.
no entanto há ainda tantos outros medos que me prendem.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008







adorei ir ao porto. como sempre.

sábado, 6 de dezembro de 2008

quando ontem me agradeceste o almoço do fim de semana passado, fizeste-o de uma maneira tão bonita, ao dizeres entre outras coisas, que era como se eu ao dar os almoços e os jantares a vocês todos com tanta alegria, estivesse a distribuir amor pelos amigos. achei curioso teres dito isso porque não estou habituada a que digas, ou a que me digam coisas do modo como o fizeste.
queria dizer-te que é precisamente o contrário aquilo que eu sinto, pois ao virem ter comigo como vieram e ao aceitar os meus convites são vocês que me estão a dar o vosso afecto.
que me dá tanta alegria e do qual eu preciso tanto...
principalmente nestes últimos tempos, em que fui tão posta de parte por quem menos esperava. se soubessem o quanto o vosso carinho é importante para curar a mágoa que outros me deixaram.
agradeço-vos tanto!
e tenho tanta pena de não o conseguir expressar da mesma maneira como tu o fizeste.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

uf! que fim de semana!! foi mesmo daqueles fins de semana que eu gosto. party every day! embora em diversos registos gozei todos os momentos. mesmo 6ª feira num registo menos apetecivel, acabei por ficar quase sem voz depois de estar a cantar durante duas horas na camioneta, um momento que me fez voltar às excursões que fazíamos nos tempos dos liceus e às canções que já nem me lembrava...
no sábado foi tão bom o concerto e rever todos aqueles amigos que já não viamos há tanto tempo.
gostei tanto de te rever e obrigada por me teres elogiado daquela maneira, és uma querida.
gostei tanto de estar a conversar contigo sobre estas coisas da vida, porque apesar de nunca termos conversado muito sempre achei que devias ser um tipo fixe e parece que não me enganei.
gostei tanto que me tivesses telefonado para ir connosco e o facto de, apesar das coisas em casa, teres tido a coragem de vir e sozinha.
outro registo foi a minha casa no sabado e segunda que parecia uma casa aberta, com uns a sair do almoço, outros a entrar para o lanche ou para o jantar. gostava que fosse assim todos os dias, uma casa cheia de gente que vai chegando mesmo sem combinar, gente com boa disposição e que me enche de alegria.
no domingo, outro registo ainda: mais sossegado, mas também tão agradável. queria agradecer-vos por apesar do dia tão frio, tão chuvoso, terem-se esforçado por sair do quentinho das vossas casas para partilharem connosco uma tarde tão fixe.
enfim estou tão cansada (só parei para dormir) mas tão feliz. foram uns dias perfeitos, mesmo como eu gosto: a aproveitar todos os momentos da melhor forma, rodeada de amigos, boa conversa e mimos de todo o lado. obrigada! obrigada! obrigada!
o meu paraiso seria exactamente assim.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

gostei tanto deste fim de tarde contigo. ja me conheces tão bem. por um lado sinto-me um pouco desconfortavel porque gosto de manter aquela barreira (embora me ande a esforçar pouco a pouco para a baixar), por outro gosto tanto quando não é preciso dizer nada para perceberes. basta um olhar e está tudo dito. és incrivel porque estás sempre atenta a todos e captas tudo num instante.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008



ontem vi um filme passado na toscana (que saudades do verão e que vontade me deu de lá voltar...) onde o harvey keitel (numa optima representação como sempre, embora o filme não fosse nada de especial) dizia: time is precious. ao que eu acrescento: so you have to seize the moment e (porque nem sempre é possivel) everytime you can.

domingo, 23 de novembro de 2008

queria dizer-vos que estou tão orgulhosa de vocês amigas : ) ontem, uma e outra, cada uma á sua maneira, deixaram-me tão contente por sentir que estão a andar para a frente. é assim mesmo!!!
quando ontem ao jantar me disseste que tinhas tomado essa decisão fiquei tão contente por ti amiga. primeiro porque só te vai fazer bem, depois porque sei que, entre outras, esta é mais uma decisão que tens que tomar. porque sei o quão dificil e importante para ti é conseguires levá-la até ao fim. porque se conseguires vai ser mais uma conquista e é de pequenas conquistas como esta que se vai ganhando força para conquistas maiores.
obrigada pelo óptimo almoço e pela tarde maravilhosa que nos proporcionas-te ontem. gostei muito de te ver assim tão descontraida, tão despreocupada e tão bem disposta. estás tão diferente da pessoa que eras: preocupada com tudo, quase obsessiva. gostei mesmo de te ver assim, e acho que estás assim para ficar, porque me parece que não é apenas uma fase mas algo mais estrutural, uma pequena mudança na maneira de olhar o mundo. finalmente compreendeste que há certas coisas que não vale mesmo a pena preocuparmo-nos com elas e já me começas a dar ouvidos.
queria dizer-te que estou mesmo contente por ti, por teres conseguido alcançar este estadio que espero tenha vindo para ficar.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008



quando chega o outono apetece-me sempre ir até ao norte. ver outras cores. e as do norte sabem-me tão bem nos dias mais frios. gosto muito do minho, e adoro ir ao porto. gosto das lojas antigas, de ir ao bulhão, de almoçar na ribeira ao pé dos turistas, de comprar aqueles bolinhos maravilhosos nos aliados. de certa forma parece que estou num outro país.
ainda bem que querem vir connosco. apesar de não o termos feito ultimamente, gosto sempre muito de passear com vocês. (não penses que por ir com outras pessoas, tenha deixado de gostar da vossa companhia....). é engraçado teres dito que tinhas ciúmes, porque também eu já tive e é tão diferente estar do outro lado.
queria dizer-te que podes ficar descansada porque não vais perder o lugar especial que conquistaste em mim :)

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

hoje decidi deixar-te entrar neste meu mundo. é uma espécie de agradecimento pela confiança que tiveste em mim e também uma prova da confiança que tenho em ti. como aprendi na ultima semana, apesar das desilusões que podemos ter de vez em quando, também de vez em quando há alguém que nos surpreende pela positiva e que nos faz acreditar que vale a pena confiar. tenho 2 ou 3 coisas que te queria dizer e que estão por aí, mas acho que vais saber quais são.

apesar de estar doente, estou tão feliz com este sol, este dia, esta música a acompanhar. são dias assim que vale a pena viver. dias em que amo a vida plenamente. sem nenhum motivo especial. apenas ficando feliz por estar aqui e poder usufruir da companhia dos outros, da música, do sol, de coisas simples. na verdade não são as coisas que nos fazem felizes mas o modo como as apreciamos. o sol é sempre o mesmo mas há dias como hoje em que são os nossos olhos que estão diferentes.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008


dizem que quando se fecha uma porta abre-se outra... e as chaves. quais são as chaves? lembras-te querida Benedicte de eu te dizer (já lá vai quanto tempo!) que já tinha descoberto a chave e de te ter perguntado se já tinhas descoberto a tua? pois fica sabendo que as chaves acham-se e perdem-se, e como eu sou muito distraída, keep loosing my keys all the time....mas como tenho sorte acho-as sempre. mas o divertido da vida é em vez de encontramos a CHAVE irmos perdendo e encontrando várias para irmos experimentando nas várias portas que nos vão aparecendo pela frente. pode ser que algumas se vão abrindo...

terça-feira, 18 de novembro de 2008

queria dizer-vos obrigada por me terem dado uma semana assim: Dr M: ao compreender as minhas dificuldades em dar todas as respostas; Drª I: ao confiar em mim desde o inicio; M P: ao ficar tão agradecido pelo meu esforço(não foi nada que eu não tenha feito já, mas nem todos agradecem assim); Drª H: ao elogiarem o meu trabalho do modo como o fizeram; M: ao dizerem que gostam tanto de vir ter comigo e Eng. A ao ter respondido à confiança que depositei em si e não me ter deixado ficar mal (fez-me pensar que vale a pena confiar no nosso instinto e continuar a arriscar e a confiar nas pessoas). nem todos os dias são iguais e muitos são o oposto desta semana, mas é por dias e por pessoas assim que vale a pena continuar o esforço.

domingo, 16 de novembro de 2008



que domingo tão bom!! adoro estes dias de frio quando o sol nos brinda desta maneira assim como a compensar-nos por aparecer tão poucas horas... soube tão bem estar no parque a deixar-nos envolver e inspirar por ele enquanto fazíamos os nossos planos para as actividades do próximo fim de semana (será que consegiremos fazer tudo ??).não ficou atrás da nossa conversa de fim de tarde no quentinho da lareira (outra parte que eu adoro do inverno...).
queria dizer-te querida amiga que o que disseste me tocou muito, embora possas não te ter apercebido (eu disfarço muito bem...). pode ser que para a próxima eu já consiga dar-te uma resposta à altura das tuas palavras.
quando me disseste que estavas com a neura por causa desta rotina que sempre nos persegue, apeteceu-me agarrar em ti e enfiarmo-nos num carro ou mesmo num avião e irmos ver outras paragens e outros mundos (outras rotinas que não são as nossas e por isso nos parecem sempre melhores). acho que irias gostar tanto como nós gostamos.
quando me sinto assim, e não são poucas as vezes, o que me faz melhor é ver outros sitios, lugares onde nunca fui, deixar-me encantar pela novidade. muitas vezes nem é preciso ir para muito longe. foi por isso que te disse para ires passear. para tentares ter um dia diferente ou criares um momento de excepção para tomar fôlego para os dias que são sempre iguais.
queria dizer-te querida amiga que tenho muita pena que não te possa dar tantos momentos desses como eu gostaria.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

quando fui almoçar contigo queria tanto que me dissesses o mesmo que tenho para te dizer . que a minha mãe já está bem, que tudo não passou de um susto. que ainda bem que tudo foi descoberto e tirado a tempo. tenho tanta pena que contigo não tenha sido assim. mas quero que acredites que tudo irá correr pelo melhor e apesar do sofrimento por que estão a passar agora tudo acabará bem. acredita que sim.

domingo, 9 de novembro de 2008

queria dizer-vos obrigada por nos terem vindo visitar e por termos passado uma tarde de domingo tão agradável apesar de inesperada. espero que tenham gostado tanto como nós: do sol, do nosso terraço, da conversa, enfim da tarde que passou a correr. espero que tenha sido a primeira de muitas mais tardes assim.

sábado, 8 de novembro de 2008

queria dizer-te que quero-te boa depressa. hoje fiquei contente porque apesar de estares ainda fraca e cansada sei que ficaste muito feliz por teres vindo. sei que te custa horrores estares assim sem força porque és uma mulher com as mangas sempre arregaçadas e com uma energia incrivel. tens que aprender a relaxar e apreciar o descanso....
e obrigada por te teres lembrado de trazer as fotos. mesmo doente não te esqueces destas coisas. sempre atenta. e que saudades das nossas férias eu tive ao vê-las! voltei a rir-me à gargalhada ao ver as fotos do lago e lembrar-me da nossa figura ridicula no mini triciclo. lembrei-me de como como as pessoas riam também e como me ri sem conseguir parar até me doer a barriga. e hoje em dia é tão dificil termos uma explosão de riso incontrolável! foi tão fixe : )
fica aqui uma foto, não do triciclo, mas do nosso lago para nos inspirar para outros momentos bons como esse...

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

queria dizer-te obrigada por ontem teres saido de casa e teres vindo apanhar tanto frio só para vir lanchar comigo. és uma querida. gostei de te ver como estavas e gostei de te ver hoje com a mesma disposição. achei-te bem humorada, bem diferente de há umas semanas atrás quando estavas ainda mais calada do que o costume...
falaste dos teus projectos novamente com tanto entusiasmo. só tenho pena de não ter também uma veia criativa para te poder ajudar a andar para a frente, só te posso ir dando um empurrãozinho de vez em quando. mas acho que estás no bom caminho. estás a ficar mais autónoma e confiante, apesar das recaidas de vez em quando (mas o caminho quase nunca é sempre a direito não é?!)

terça-feira, 4 de novembro de 2008

queria dizer-te que ontem, além de me teres dado uma excelente sessão de formação, também me deste um bom motivo para reflectir sobre as pessoas ao comparar-te com o último formador. este um brincalhão, bem disposto, tendo a sessão corrido muito levemente e a deixar-nos a todos com uma boa dose de boa disposição. a tua sessão mais séria, sem tantas brincadeiras mas onde fiquei a saber muito mais. se agora me perguntassem de qual gostei mais, teria dúvidas, mas daqui a algum tempo teria a certeza que a tua aula foi a melhor. faz-me lembrar os professores que tive. na altura talvez preferisse as aulas mais baldas e divertidas. mas ao fim destes anos todos, os professores que me lembro mais e que me marcaram mais, foram aqueles com quem aprendi alguma coisa, que contribuiram para aquilo que sei e que sou hoje. com os outros diverti-me, com estes cresci.
isto faz-me pensar na insustentável leveza de Kundera e na nossa maneira de viver os relacionamentos. também eu às vezes fico dividida nesta dicotomia. mas tal como os professores, talvez a longo prazo a leveza se evapore no ar ficando o que interessa mesmo.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

é tao bom chegar a casa....

quando vim para coimbra, vim de comboio e adorei ver os campos, o nascer do sol. parecia que estava num outro país. às vezes esqueço-me como gosto de andar de comboio, é tão diferente, o ritmo, a paisagem...
à saida da estação lá estava aquele café onde tomámos um dos melhores pequenos almoços da nossa vida. quando chegámos do inter rail há muitos anos. mas dessa vez, talvez por ter sido a nossa primeira viagem juntos, talvez por ter sido tanto tempo e com tantas aventuras, nos soubesse especialmente bem.
isto faz-me lembrar que sabe tão bem chegar..
gosto muito do partir, de imaginar o que vou encontrar por esse mundo fora, das diferenças (que nesta europa cada vez mais uniformizada se tormam mais dificeis de encontrar).
gosto do estar, de viver noutros lugares, ver outras pessoas, daquela sensação que tudo é possível, que são possíveis tantas vidas, tantos modos de ser e estar, que não estamos presos a uma única possibilidade de existir.
mas por outro lado gosto de voltar, ao conforto das coisas conhecidas. sabe-me sempre tão bem retomar os sabores, os cheiros, as cores que nos são familiares.

domingo, 2 de novembro de 2008

queria dizer-te que não imaginei que fosses ficar tão emocionada com a nossa prenda. eu sei que foi uma prenda especial, feita por mim com muita ternura e que eu sabia que ias considerar muito mas não estava à espera dessa reacção, ou melhor eu sabia que irias ficar comovida mas não o demonstrarias de uma forma tão exposta. porque tu és um pouco como eu, distante por fora, esforçando-te por manter uma certa frieza, mas um coração de manteiga por dentro. fico muito contente que tenhas gostado e que o tivesses demonstrado dessa maneira. não temos que ser sempre umas duronas sabias ; )

sábado, 1 de novembro de 2008

queria dizer-te que gostei tanto de falar contigo. aliás gosto sempre tanto de falar contigo apesar de ser só de tempos a tempos. e apesar de teres quase menos 10 anos que eu, sinto-me sempre como se fosse eu a ser mais nova uma decada. se calhar por isso conseguimos sempre uma comunicação tão boa. desta vez não gostei tanto de te sentir assim tão a pensar que começas a ter a vida ao contrário. é como te disse, temos que aprender a viver a impermanência que tu também conheces do dharma. porque é tão verdade que a única coisa com que podemos contar é que nada é permanente. se aprendermos a aceitá-la estaremos mais serenos para aceitar as surpresas que a vida nos traz. aproveitamos o que temos hoje porque podemos não o ter amanhã e aprendemos a viver mais os momentos. por isso deixa de fazer tantos planos e vive mais.

e deixa de ser tão sério, não tens idade para isso ; )

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Adorei vir a coimbra outra vez. desta vez acompanhada. não é tão silencioso mas é também tão bom porque podemos partilhar os momentos, as opiniões, observar em conjunto. adorei almoçar naquelas tascas onde ainda se vende copos de vinho. ver as lojas tradicionais da baixa.
e gosto tanto tanto de passear contigo. este ano como fomos sempre com amigos ainda não tinhamos feito umas fériazitas ou uns dias sozinhos. talvez tenha sido por isso que estes dias apesar de não ter sido esse o propósito me tenham sabido a férias e me tenham posto este espirito tão positivo.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008


adoro passear nas baixas das grandes cidades com muito movimento e em dias bonitos. e gosto de o fazer sozinha como hoje, dá-me tempo para meditar e observar as pessoas que passam. adoro imaginar os seus destinos, os seus propósitos e as suas vidas. faz-me lembrar a música da Melanie "Beautiful People" que adoro e me comove sempre que a oiço. http://br.youtube.com/watch?v=MqMe-F_NWZg
nunca me esqueço quando cheguei a victoria station e de repente fiquei fascinada ao ver todo o mundo a passar por ali: indianos, africanos, asiáticos. pessoas de todos os tipos e de todas as cores. isto há cerca de 20 anos quando em portugal ainda não se tinha descoberto a multiculturalidade... e foi diferente de estar na praça de s. marcos em veneza, pois embora o mundo inteiro esteja ali concentrado o propósito é o mesmo. somos todos turistas. fazemos todos o mesmo: fotos e nariz no ar. em londres foi diferente, é a mistura que é interessante.

um pouco como em coimbra: vi os estudantes que às 8 horas estão em fim de noite quando o resto das pessoas estão a iniciar o dia e a diferença de perspectiva que isso é (faz-me também lembrar os meus pequenos almoços de final de noite nos meus tempos de estudante ao lado dos funcionários a beber o café antes de entrar ao serviço); segui à frente do rapaz que fala sozinho, mas que ao escutarmos o seu monólogo chegamos à conclusão que é menos maluco que nós porque ainda sabe pensar pela sua cabeça, coisa que muitos dos ditos sãos já não conseguem fazer; ouvi o velhote que na farmácia vai medir a tensão quando no fundo o que ele quer mesmo é um momento de atenção. e o modo enfadado como os funcionários dizem até amanhã, sem perceber que são os únicos amigos que ele tem e é por isso que provavelmente volta todos os dias; os que seguem apressados para o trabalho onde têm tanto que fazer e os que seguem devagar para passar mais um dia a matar o tempo.

queria dizer-te estudante: aproveita bem as tuas noites porque dentro de alguns anos estás do lado de cá a tomar o café apressadamente antes de ir para o trabalho.
queria dizer-te jovem que a tua dissertação é tão lúcida como a de qualquer analista/ensaíta/ou professor universitário (visto que estamos em coimbra) que esteja a falar para uma plateia imensa de interessados. é só uma questão de contexto e lugar.
queria dizer-te velhote que procuras a cura dos teus males no local errado. aí só vendem remédios para o fisico. tens que começar a procurar noutro lado.
ontem ao atravessar a passadeira um condutor com ar de vocalista de banda heavy metal, cabeludo, barbudo, fez-me um grande sorriso de simpatia ao deixar-me passar, ao qual eu respondi com um sorriso igual. é engraçado pensar o que pode levar um "metaleiro" a ter simpatia com uma cota com ar de executiva e no entanto com aquele sorriso criou-se uma ponte naquele instante (é incrivel o poder de um simples sorrir).
queria dizer-te (e apesar de não gostar da tua música....) obrigado "metaleiro coimbrão" por me teres dado esse teu sorriso que ficou na minha boca pelo resto da tarde. quem sabe contagiando outros...

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

queria dizer-vos obrigada por terem vindo e desculpem-me por não ter sido a festa de arromba que eu gostava de vos ter dado. por não ter organizado tudo como deve ser. fica para a próxima.

queria dizer-te que tive tanta pena que não tivesses vindo. não foi por mim mas por ti, pois sei o quanto gostavas de ter vindo, o esforço que fizeste para vir e o quanto te custou não o conseguir. não fiques triste porque havemos te ter pela vida fora muitas festas para celebrarmos juntas seja o que for : )

queria dizer-te que mais uma vez fiquei preocupada contigo quando chegas-te sozinha porque percebi que alguma coisa não estava bem. é o costume eu sei.... e tenho tanta pena por ti. apeteceu-me dar-te montanhas de beijinhos para te pôr um sorriso na cara. quando te vi mais tarde a escrever e disses-te que te fazia bem, percebi-te bem porque também eu, ao pôr no papel ou no computador os meus pensamentos, me alivia. espero que te faça tão bem a ti como a mim. qualquer dia partilho contigo os meus rabiscos...

querida amiga, adorei a tuas prendas, são sempre muitos especiais para mim. também tenho para ti uma prenda que fiz com muito carinho e que sei que vais gostar tanto como eu gostei de a fazer porque me fez recordar momentos tão bons que passamos juntas.
queria dizer-te obrigado amigo por mais uma vez me dizeres o que eu preciso de ouvir, de não me deixares cometer mais um erro e de me mostrares o caminho.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

tenho pena que depois de nos termos aproximado um pouco nos tenhamos afastado assim. talvez tenha sido por minha culpa, talvez tenha sido por ti ou pelas circunstâncias. ainda não consegui perceber.
mesmo assim queria dizer-te que podes sempre contar connosco: quando quiseres conversar, ou simplesmente beber um café e falar do tempo... e naqueles momentos em que te apetecer fugir não vás por esse teu caminho de auto destruição. se quiseres temos aqui um colo para te dar, duas mãos para te ajudar a não cair e se for preciso até uma cama e uma escova de dentes que ficou guardada para ti da última vez que precisaste.
queria dizer-te que pensei muito no que disseste no final da nossa conversa. emocionei-me ao imaginar o que deves ter sofrido então. obrigada pela tua confiança e por teres partilhado comigo o teu passado, porque não deve ter sido nada fácil tudo aquilo porque passaste. queria dar-te tanto um abraço muito apertado e cobrir-te de mimos. talvez para te compensar um pouco. só tenho pena de não o conseguir fazer contigo ao pé.

queria dizer-te também que acho incrível porque apesar do que deves ter passado e apesar das dificuldades que continuas a passar, continues a pessoa fantástica que és: tolerante, bem disposta, amiga, com um fundo tão bom, sempre pronta a ajudar e a manter o equilibrio.
desculpa! desculpa! desculpa!
por ter dito o que disse (provavelmente nem o queria dizer), por ter pensado o que pensei, por ter acreditado no que me disseram (como é que eu pude acreditar que não gostem de estar connosco quando partilharam o que de mais íntimo se pode partilhar?) , por ter duvidado, pela minha insegurança, pela minha exigência!
queria dizer-te obrigada por mesmo assim me dares a tua mão. obrigada pela tua franqueza e pela tua confiança, por teres partilhado os teus segredos. e por seres assim como és : )
queria dizer-me que mais uma vez estive quase a repetir o mesmo erro que tenho feito ao longo dos anos. pensar pelos outros e não lhes dar a oportunidade de decidirem se querem continuar ou não na minha vida. talvez esteja na hora de arriscar deixar os outros decidirem. pode ser que fiquem...

sábado, 18 de outubro de 2008

li noutro dia a seguinte frase num blogue:

da reciprocidade
se não existe não se insiste.

faz-me pensar nas dúvidas que tenho tido acerca da tua reciprocidade. existe ou não existe? se não existe não vou insistir. com muita pena minha porque acho que tinhamos muito ainda a descobrir.
ainda bem que a tua cabeça já está cheia de planos para os dias mais frios. já nos estou a imaginar ao calor da lareira a fazer aquelas coisas bonitas que tu sabes tão bem fazer.


amiga já tenho para ti o conforto em formato revista. agora sempre que a comprar para mim compro-a também para ti. para podermos partilhar mesmo à distância todas as coisas bonitas que todos os meses nos trás.
queria dizer-te amiga para não esperares muito dos outros. não esperes o que eles não podem dar. lembra-te da história do jarro e do copo que te contei. não esperes também demasiado de mim. eu tenho um copo muito grande mas não sei se chega para o teu jarro.
queria dizer-te obrigada por na quarta feira teres compreendido tudo o que tinha para te dizer sem ser preciso dizer quase nada. tens um talento raro. olhas para uma pessoa e vês logo o que lhe vai por dentro. e embora eu não tivesse confirmado o que estavas a dizer, era tão verdade.... sabes, eu faço um esforço muito grande para não entrarem assim dentro de mim.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

queria dizer-te querida amiga que tenho tanta pena que não tenhas desabrochado como a flor que eu penso que és. em vez de teres o sol, tiveste sombra mas nunca é tarde. acredita em ti e não desistas. eu aposto que consegues : )
queria dizer-te que acho maravilhosa a tua capacidade de dares aos outros a atenção e a força quando tu própria terias todos os motivos para desfalecer. é talvez verdade quando hoje me dizias que a adversidade nos traz forças que julgamos não ter e que aguentamos muito mais do que aquilo que pensamos. no teu caso é tão verdade!!!
quando te vejo a consolar os outros quando tu própria deverias estar de rastos és uma inspiração para mim. espero que o destino te compense por essa tua entrega. mais do que ninguem tu mereces.
queria dizer-te para não carregares todo o peso do mundo nos teus ombros. o teu peso já é demasiado para uma pessoa só. quem me dera ter poder para te aliviar um pouco.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

queria dizer-te amiga que não fiques a pensar que és tu. eu sei muito bem quando nos rejeitam e nos pomos a pensar: será que há algum problema comigo?
i do it all the time....
tu és linda, uma querida e merecedora do melhor.
não acertaste ainda na pessoa que te vai amar pelo que tu és mas não desistas. ele anda por aí. se calhar à tua procura : )

domingo, 12 de outubro de 2008

quando ouvi a sheila jordan falar de como nova york é bonita nesta altura do ano, tive pena de não ter aceitado o convite para ir contigo. tinhamos ido à inauguração, jantar e conhecer os teus amigos. no dia seguinte fariamos as nossas compras como duas amigas de longa data e andariamos nas tais ruas que a cantora falava com tanta saudade. podia ter dito que sim mas tive receio. receio daquilo que mais anseio. talvez para a próxima. se não desistires. thanks anyway!
chorei quando li o principezinho outra vez. como quando o li pela 1ª vez há cerca de 25 anos?. gostei, porque apesar de terem passado tantos anos e tanta coisa ter mudado ainda me comovo como antes.
queria dizer-te obrigada amiga por dizeres sempre que sim quando eu te digo vens? quando eu te digo vamos? pelo que me dás a mim e aos outros com tanto prazer.
obrigada por ontem me teres mostrado o meu propósito de vida. e por me teres dado esperança para atingi-lo

já sei o que é, aliás sempre o soube talvez. já sei como alcançá-lo. só falta por-me ao caminho. será que já me pús?
obrigada por me cativares.

a proposito reli há dias, por mero acaso (ou talvez não, será que me chamou da prateleira onde estava há tanto tempo?) o pequeno principe do saint-exupery, que tinha lido na minha adolescência. relembrei a passagem que mais me marcou na altura e que deixo aqui. depois do meu irmão me ter dito ontem que estava agora a sair do limbo onde andei desde essa altura é engraçado pensar que talvez não existam coincidências.....


Mas aconteceu que o principezinho, tendo andado muito tempo pelas areias, pelas rochas e pela neve, descobriu, enfim, uma estrada. E as estradas vão todas na direção dos homens.
- Bom dia, disse ele.
Era um jardim cheio de rosas.
- Bom dia, disseram as rosas.
O principezinho contemplou-as. Eram todas iguais à sua flor.
- Quem sois? perguntou ele estupefato.
- Somos rosas, disseram as rosas.
- Ah! exclamou o principezinho...
E ele sentiu-se extremamente infeliz. Sua flor lhe havia contado que ela era a única de sua espécie em todo o universo. E eis que havia cinco mil, iguaizinhas, num só jardim!
"Ela haveria de ficar bem vermelha, pensou ele, se visse isto... Começaria a tossir, fingiria morrer, para escapar do ridículo. E eu então teria que fingir que cuidava dela; porque senão, só para me humilhar, ela era bem capaz de morrer de verdade..."
Depois, refletiu ainda: "Eu me julgava rico de uma flor sem igual, e é apenas uma rosa comum que eu possuo. Uma rosa e três vulcões que me dão pelo joelho, um dos quais extinto para sempre. Isso não faz de mim um príncipe muito grande..." E, deitado na relva, ele chorou.


E foi então que apareceu a raposa:
- Boa dia, disse a raposa.
- Bom dia, respondeu polidamente o principezinho, que se voltou, mas não viu nada.
- Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...
- Quem és tu? perguntou o principezinho. Tu és bem bonita...
- Sou uma raposa, disse a raposa.
- Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste...
- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. não me cativaram ainda.
- Ah! desculpa, disse o principezinho.
Após uma reflexão, acrescentou:
- Que quer dizer "cativar"?
- Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras?
- Procuro os homens, disse o principezinho. Que quer dizer "cativar"?
- Os homens, disse a raposa, têm fuzis e caçam. É bem incômodo! Criam galinhas também. É a única coisa interessante que fazem. Tu procuras galinhas?
- Não, disse o principezinho. Eu procuro amigos. Que quer dizer "cativar"?
- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa "criar laços..."
- Criar laços?
- Exatamente, disse a raposa. Tu não és para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...
- Começo a compreender, disse o principezinho. Existe uma flor... eu creio que ela me cativou...
- É possível, disse a raposa. Vê-se tanta coisa na Terra...
- Oh! não foi na Terra, disse o principezinho.
A raposa pareceu intrigada:
- Num outro planeta?
- Sim.
- Há caçadores nesse planeta?
- Não.
- Que bom! E galinhas?
- Também não.
- Nada é perfeito, suspirou a raposa.
Mas a raposa voltou à sua idéia.
- Minha vida é monótona. Eu caço as galinhas e os homens me caçam. Todas as galinhas se parecem e todos os homens se parecem também. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra.
O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...
A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:
- Por favor... cativa-me! disse ela.
- Bem quisera, disse o principezinho, mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.
- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm mais tempo de conhecer alguma coisa. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!
- Que é preciso fazer? perguntou o principezinho.
- É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, te sentarás mais perto...
No dia seguinte o principezinho voltou.
- Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração... É preciso ritos.
- Que é um rito? perguntou o principezinho.
- É uma coisa muito esquecida também, disse a raposa. É o que faz com que um dia seja diferente dos outros dias; uma hora, das outras horas. Os meus caçadores, por exemplo, possuem um rito. Dançam na quinta-feira com as moças da aldeia. A quinta-feira então é o dia maravilhoso! Vou passear até a vinha. Se os caçadores dançassem qualquer dia, os dias seriam todos iguais, e eu não teria férias!
Assim o principezinho cativou a raposa. Mas, quando chegou a hora da partida, a raposa disse:
- Ah! Eu vou chorar.
- A culpa é tua, disse o principezinho, eu não queria te fazer mal; mas tu quiseste que eu te cativasse...
- Quis, disse a raposa.
- Mas tu vais chorar! disse o principezinho.
- Vou, disse a raposa.
- Então, não sais lucrando nada!
- Eu lucro, disse a raposa, por causa da cor do trigo.
Depois ela acrescentou:
- Vai rever as rosas. Tu compreenderás que a tua é a única no mundo. Tu voltarás para me dizer adeus, e eu te farei presente de um segredo.
Foi o principezinho rever as rosas:
- Vós não sois absolutamente iguais à minha rosa, vós não sois nada ainda. Ninguém ainda vos cativou, nem cativastes a ninguém. Sois como era a minha raposa. Era uma raposa igual a cem mil outras. Mas eu fiz dela um amigo. Ela á agora única no mundo.
E as rosas estavam desapontadas.
- Sois belas, mas vazias, disse ele ainda. Não se pode morrer por vós. Minha rosa, sem dúvida um transeunte qualquer pensaria que se parece convosco. Ela sozinha é, porém, mais importante que vós todas, pois foi a ela que eu reguei. Foi a ela que pus sob a redoma. Foi a ela que abriguei com o pára-vento. Foi dela que eu matei as larvas (exceto duas ou três por causa das borboletas). Foi a ela que eu escutei queixar-se ou gabar-se, ou mesmo calar-se algumas vezes. É a minha rosa.
E voltou, então, à raposa:
- Adeus, disse ele...
- Adeus, disse a raposa. Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos.
- O essencial é invisível para os olhos, repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
- Foi o tempo que perdeste com tua rosa que fez tua rosa tão importante.
- Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
- Os homens esqueceram essa verdade, disse a raposa. Mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável pela rosa...
- Eu sou responsável pela minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
queria dizer-te amiga que tenho pena que não tenhamos continuado esta nossa aventura. gostava tanto de partilhar contigo o prazer que eu penso que te falta e que tu mereces. foi pena não teres usufruido de tudo o que tinhamos para te dar e de termos parado quando havia ainda tanto a descobrir.
queria dizer-te obrigada amiga por estares sempre aí. por vires sempre que te chamo. por largares tudo por mim quando eu preciso. por seres o ombro, as palavras e o colo que eu preciso. por me olhares com esses olhos de afecto e admiração que me ensinam a olhar-me do mesmo modo.
queria dizer-te que tenho tantas dúvidas. não sei no que acreditar. gostava tanto que me conseguisses tirá-las pois custa-me acreditar no que me dizem. no entanto e com muita pena minha não vejo resposta em ti.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

queria dizer-te que preferia que não tivesses vindo naquele dia. pensava que vinhas para construir uma ponte, não para me deixares com as dúvidas com que fiquei. não sei porque me disses-te tudo aquilo. porque mais uma vez me fizeste sentir que estou a mais. terei sido eu a causa de todo o mal estar? serei assim tão incómoda? tão má companhia? terei tão poucas afinidades com vocês e os outros que preferem não estar comigo? não quero estragar férias nem momentos a ninguém nem impor a minha presença a pessoas que não querem estar comigo. tal como disse na altura: eu saio de cena, podes ficar descansada. não faço questão de pertencer a um clube que não me quer como sócia.
queria dizer-te, meu amigo, meu companheiro, meu amor, que te adoro por seres a pessoa maravilhosa que és e de quem tenho tanto orgulho.
por seres o meu porto seguro, a minha âncora, o meu confidente e mais que tudo por não desistires de mim.

(sei que isto vai ser assim um bocado pró lamechas mas eu não sei escrever tão bem como tu)
queria dizer-vos obrigada amigos por não se esquecerem de mim no meu dia de anos. é só uma mensagem ou um telefonema mas é o lembrarem-se que é importante, principalmente nos dias que correm, que nos vamos esquecendo de tanta coisa. muitas vezes o mais importante que são as pessoas. eu tento fazer o possível por não me esquecer de vocês embora também falhe mais do que eu gostaria.

queria dizer-te obrigada especialmente pela surpresa inesperada da tua presença, pois apesar de nos vermos se calhar 2 ou 3 vezes por ano?.. continuamos as mesmas de sempre e sei que posso sempre contar contigo. e tu sabes que também podes sempre contar comigo.

domingo, 5 de outubro de 2008

porque não tenho tempo
porque dá trabalho
porque já há muitos
porque ninguém vai ver
porque há coisas melhores para fazer

Why not?

Uma pergunta vezes sem conta repetida por aqueles que mudaram muito da minha vida e que me ensinaram a ir mais além. gostava tanto de lhes dizer umas coisas sobre o que aprendi com eles. não posso porque não os encontro. por isso decidi dar este nome a este blog. para pôr algumas das coisas que não digo às pessoas que passaram ou passam por mim,

porque não posso, porque não quero, porque não tenho coragem, ou porque deixei passar o momento...