quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Adorei vir a coimbra outra vez. desta vez acompanhada. não é tão silencioso mas é também tão bom porque podemos partilhar os momentos, as opiniões, observar em conjunto. adorei almoçar naquelas tascas onde ainda se vende copos de vinho. ver as lojas tradicionais da baixa.
e gosto tanto tanto de passear contigo. este ano como fomos sempre com amigos ainda não tinhamos feito umas fériazitas ou uns dias sozinhos. talvez tenha sido por isso que estes dias apesar de não ter sido esse o propósito me tenham sabido a férias e me tenham posto este espirito tão positivo.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008


adoro passear nas baixas das grandes cidades com muito movimento e em dias bonitos. e gosto de o fazer sozinha como hoje, dá-me tempo para meditar e observar as pessoas que passam. adoro imaginar os seus destinos, os seus propósitos e as suas vidas. faz-me lembrar a música da Melanie "Beautiful People" que adoro e me comove sempre que a oiço. http://br.youtube.com/watch?v=MqMe-F_NWZg
nunca me esqueço quando cheguei a victoria station e de repente fiquei fascinada ao ver todo o mundo a passar por ali: indianos, africanos, asiáticos. pessoas de todos os tipos e de todas as cores. isto há cerca de 20 anos quando em portugal ainda não se tinha descoberto a multiculturalidade... e foi diferente de estar na praça de s. marcos em veneza, pois embora o mundo inteiro esteja ali concentrado o propósito é o mesmo. somos todos turistas. fazemos todos o mesmo: fotos e nariz no ar. em londres foi diferente, é a mistura que é interessante.

um pouco como em coimbra: vi os estudantes que às 8 horas estão em fim de noite quando o resto das pessoas estão a iniciar o dia e a diferença de perspectiva que isso é (faz-me também lembrar os meus pequenos almoços de final de noite nos meus tempos de estudante ao lado dos funcionários a beber o café antes de entrar ao serviço); segui à frente do rapaz que fala sozinho, mas que ao escutarmos o seu monólogo chegamos à conclusão que é menos maluco que nós porque ainda sabe pensar pela sua cabeça, coisa que muitos dos ditos sãos já não conseguem fazer; ouvi o velhote que na farmácia vai medir a tensão quando no fundo o que ele quer mesmo é um momento de atenção. e o modo enfadado como os funcionários dizem até amanhã, sem perceber que são os únicos amigos que ele tem e é por isso que provavelmente volta todos os dias; os que seguem apressados para o trabalho onde têm tanto que fazer e os que seguem devagar para passar mais um dia a matar o tempo.

queria dizer-te estudante: aproveita bem as tuas noites porque dentro de alguns anos estás do lado de cá a tomar o café apressadamente antes de ir para o trabalho.
queria dizer-te jovem que a tua dissertação é tão lúcida como a de qualquer analista/ensaíta/ou professor universitário (visto que estamos em coimbra) que esteja a falar para uma plateia imensa de interessados. é só uma questão de contexto e lugar.
queria dizer-te velhote que procuras a cura dos teus males no local errado. aí só vendem remédios para o fisico. tens que começar a procurar noutro lado.
ontem ao atravessar a passadeira um condutor com ar de vocalista de banda heavy metal, cabeludo, barbudo, fez-me um grande sorriso de simpatia ao deixar-me passar, ao qual eu respondi com um sorriso igual. é engraçado pensar o que pode levar um "metaleiro" a ter simpatia com uma cota com ar de executiva e no entanto com aquele sorriso criou-se uma ponte naquele instante (é incrivel o poder de um simples sorrir).
queria dizer-te (e apesar de não gostar da tua música....) obrigado "metaleiro coimbrão" por me teres dado esse teu sorriso que ficou na minha boca pelo resto da tarde. quem sabe contagiando outros...

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

queria dizer-vos obrigada por terem vindo e desculpem-me por não ter sido a festa de arromba que eu gostava de vos ter dado. por não ter organizado tudo como deve ser. fica para a próxima.

queria dizer-te que tive tanta pena que não tivesses vindo. não foi por mim mas por ti, pois sei o quanto gostavas de ter vindo, o esforço que fizeste para vir e o quanto te custou não o conseguir. não fiques triste porque havemos te ter pela vida fora muitas festas para celebrarmos juntas seja o que for : )

queria dizer-te que mais uma vez fiquei preocupada contigo quando chegas-te sozinha porque percebi que alguma coisa não estava bem. é o costume eu sei.... e tenho tanta pena por ti. apeteceu-me dar-te montanhas de beijinhos para te pôr um sorriso na cara. quando te vi mais tarde a escrever e disses-te que te fazia bem, percebi-te bem porque também eu, ao pôr no papel ou no computador os meus pensamentos, me alivia. espero que te faça tão bem a ti como a mim. qualquer dia partilho contigo os meus rabiscos...

querida amiga, adorei a tuas prendas, são sempre muitos especiais para mim. também tenho para ti uma prenda que fiz com muito carinho e que sei que vais gostar tanto como eu gostei de a fazer porque me fez recordar momentos tão bons que passamos juntas.
queria dizer-te obrigado amigo por mais uma vez me dizeres o que eu preciso de ouvir, de não me deixares cometer mais um erro e de me mostrares o caminho.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

tenho pena que depois de nos termos aproximado um pouco nos tenhamos afastado assim. talvez tenha sido por minha culpa, talvez tenha sido por ti ou pelas circunstâncias. ainda não consegui perceber.
mesmo assim queria dizer-te que podes sempre contar connosco: quando quiseres conversar, ou simplesmente beber um café e falar do tempo... e naqueles momentos em que te apetecer fugir não vás por esse teu caminho de auto destruição. se quiseres temos aqui um colo para te dar, duas mãos para te ajudar a não cair e se for preciso até uma cama e uma escova de dentes que ficou guardada para ti da última vez que precisaste.
queria dizer-te que pensei muito no que disseste no final da nossa conversa. emocionei-me ao imaginar o que deves ter sofrido então. obrigada pela tua confiança e por teres partilhado comigo o teu passado, porque não deve ter sido nada fácil tudo aquilo porque passaste. queria dar-te tanto um abraço muito apertado e cobrir-te de mimos. talvez para te compensar um pouco. só tenho pena de não o conseguir fazer contigo ao pé.

queria dizer-te também que acho incrível porque apesar do que deves ter passado e apesar das dificuldades que continuas a passar, continues a pessoa fantástica que és: tolerante, bem disposta, amiga, com um fundo tão bom, sempre pronta a ajudar e a manter o equilibrio.
desculpa! desculpa! desculpa!
por ter dito o que disse (provavelmente nem o queria dizer), por ter pensado o que pensei, por ter acreditado no que me disseram (como é que eu pude acreditar que não gostem de estar connosco quando partilharam o que de mais íntimo se pode partilhar?) , por ter duvidado, pela minha insegurança, pela minha exigência!
queria dizer-te obrigada por mesmo assim me dares a tua mão. obrigada pela tua franqueza e pela tua confiança, por teres partilhado os teus segredos. e por seres assim como és : )
queria dizer-me que mais uma vez estive quase a repetir o mesmo erro que tenho feito ao longo dos anos. pensar pelos outros e não lhes dar a oportunidade de decidirem se querem continuar ou não na minha vida. talvez esteja na hora de arriscar deixar os outros decidirem. pode ser que fiquem...

sábado, 18 de outubro de 2008

li noutro dia a seguinte frase num blogue:

da reciprocidade
se não existe não se insiste.

faz-me pensar nas dúvidas que tenho tido acerca da tua reciprocidade. existe ou não existe? se não existe não vou insistir. com muita pena minha porque acho que tinhamos muito ainda a descobrir.
ainda bem que a tua cabeça já está cheia de planos para os dias mais frios. já nos estou a imaginar ao calor da lareira a fazer aquelas coisas bonitas que tu sabes tão bem fazer.


amiga já tenho para ti o conforto em formato revista. agora sempre que a comprar para mim compro-a também para ti. para podermos partilhar mesmo à distância todas as coisas bonitas que todos os meses nos trás.
queria dizer-te amiga para não esperares muito dos outros. não esperes o que eles não podem dar. lembra-te da história do jarro e do copo que te contei. não esperes também demasiado de mim. eu tenho um copo muito grande mas não sei se chega para o teu jarro.
queria dizer-te obrigada por na quarta feira teres compreendido tudo o que tinha para te dizer sem ser preciso dizer quase nada. tens um talento raro. olhas para uma pessoa e vês logo o que lhe vai por dentro. e embora eu não tivesse confirmado o que estavas a dizer, era tão verdade.... sabes, eu faço um esforço muito grande para não entrarem assim dentro de mim.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

queria dizer-te querida amiga que tenho tanta pena que não tenhas desabrochado como a flor que eu penso que és. em vez de teres o sol, tiveste sombra mas nunca é tarde. acredita em ti e não desistas. eu aposto que consegues : )
queria dizer-te que acho maravilhosa a tua capacidade de dares aos outros a atenção e a força quando tu própria terias todos os motivos para desfalecer. é talvez verdade quando hoje me dizias que a adversidade nos traz forças que julgamos não ter e que aguentamos muito mais do que aquilo que pensamos. no teu caso é tão verdade!!!
quando te vejo a consolar os outros quando tu própria deverias estar de rastos és uma inspiração para mim. espero que o destino te compense por essa tua entrega. mais do que ninguem tu mereces.
queria dizer-te para não carregares todo o peso do mundo nos teus ombros. o teu peso já é demasiado para uma pessoa só. quem me dera ter poder para te aliviar um pouco.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

queria dizer-te amiga que não fiques a pensar que és tu. eu sei muito bem quando nos rejeitam e nos pomos a pensar: será que há algum problema comigo?
i do it all the time....
tu és linda, uma querida e merecedora do melhor.
não acertaste ainda na pessoa que te vai amar pelo que tu és mas não desistas. ele anda por aí. se calhar à tua procura : )

domingo, 12 de outubro de 2008

quando ouvi a sheila jordan falar de como nova york é bonita nesta altura do ano, tive pena de não ter aceitado o convite para ir contigo. tinhamos ido à inauguração, jantar e conhecer os teus amigos. no dia seguinte fariamos as nossas compras como duas amigas de longa data e andariamos nas tais ruas que a cantora falava com tanta saudade. podia ter dito que sim mas tive receio. receio daquilo que mais anseio. talvez para a próxima. se não desistires. thanks anyway!
chorei quando li o principezinho outra vez. como quando o li pela 1ª vez há cerca de 25 anos?. gostei, porque apesar de terem passado tantos anos e tanta coisa ter mudado ainda me comovo como antes.
queria dizer-te obrigada amiga por dizeres sempre que sim quando eu te digo vens? quando eu te digo vamos? pelo que me dás a mim e aos outros com tanto prazer.
obrigada por ontem me teres mostrado o meu propósito de vida. e por me teres dado esperança para atingi-lo

já sei o que é, aliás sempre o soube talvez. já sei como alcançá-lo. só falta por-me ao caminho. será que já me pús?
obrigada por me cativares.

a proposito reli há dias, por mero acaso (ou talvez não, será que me chamou da prateleira onde estava há tanto tempo?) o pequeno principe do saint-exupery, que tinha lido na minha adolescência. relembrei a passagem que mais me marcou na altura e que deixo aqui. depois do meu irmão me ter dito ontem que estava agora a sair do limbo onde andei desde essa altura é engraçado pensar que talvez não existam coincidências.....


Mas aconteceu que o principezinho, tendo andado muito tempo pelas areias, pelas rochas e pela neve, descobriu, enfim, uma estrada. E as estradas vão todas na direção dos homens.
- Bom dia, disse ele.
Era um jardim cheio de rosas.
- Bom dia, disseram as rosas.
O principezinho contemplou-as. Eram todas iguais à sua flor.
- Quem sois? perguntou ele estupefato.
- Somos rosas, disseram as rosas.
- Ah! exclamou o principezinho...
E ele sentiu-se extremamente infeliz. Sua flor lhe havia contado que ela era a única de sua espécie em todo o universo. E eis que havia cinco mil, iguaizinhas, num só jardim!
"Ela haveria de ficar bem vermelha, pensou ele, se visse isto... Começaria a tossir, fingiria morrer, para escapar do ridículo. E eu então teria que fingir que cuidava dela; porque senão, só para me humilhar, ela era bem capaz de morrer de verdade..."
Depois, refletiu ainda: "Eu me julgava rico de uma flor sem igual, e é apenas uma rosa comum que eu possuo. Uma rosa e três vulcões que me dão pelo joelho, um dos quais extinto para sempre. Isso não faz de mim um príncipe muito grande..." E, deitado na relva, ele chorou.


E foi então que apareceu a raposa:
- Boa dia, disse a raposa.
- Bom dia, respondeu polidamente o principezinho, que se voltou, mas não viu nada.
- Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...
- Quem és tu? perguntou o principezinho. Tu és bem bonita...
- Sou uma raposa, disse a raposa.
- Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste...
- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. não me cativaram ainda.
- Ah! desculpa, disse o principezinho.
Após uma reflexão, acrescentou:
- Que quer dizer "cativar"?
- Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras?
- Procuro os homens, disse o principezinho. Que quer dizer "cativar"?
- Os homens, disse a raposa, têm fuzis e caçam. É bem incômodo! Criam galinhas também. É a única coisa interessante que fazem. Tu procuras galinhas?
- Não, disse o principezinho. Eu procuro amigos. Que quer dizer "cativar"?
- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa "criar laços..."
- Criar laços?
- Exatamente, disse a raposa. Tu não és para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...
- Começo a compreender, disse o principezinho. Existe uma flor... eu creio que ela me cativou...
- É possível, disse a raposa. Vê-se tanta coisa na Terra...
- Oh! não foi na Terra, disse o principezinho.
A raposa pareceu intrigada:
- Num outro planeta?
- Sim.
- Há caçadores nesse planeta?
- Não.
- Que bom! E galinhas?
- Também não.
- Nada é perfeito, suspirou a raposa.
Mas a raposa voltou à sua idéia.
- Minha vida é monótona. Eu caço as galinhas e os homens me caçam. Todas as galinhas se parecem e todos os homens se parecem também. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra.
O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...
A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:
- Por favor... cativa-me! disse ela.
- Bem quisera, disse o principezinho, mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.
- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm mais tempo de conhecer alguma coisa. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!
- Que é preciso fazer? perguntou o principezinho.
- É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, te sentarás mais perto...
No dia seguinte o principezinho voltou.
- Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração... É preciso ritos.
- Que é um rito? perguntou o principezinho.
- É uma coisa muito esquecida também, disse a raposa. É o que faz com que um dia seja diferente dos outros dias; uma hora, das outras horas. Os meus caçadores, por exemplo, possuem um rito. Dançam na quinta-feira com as moças da aldeia. A quinta-feira então é o dia maravilhoso! Vou passear até a vinha. Se os caçadores dançassem qualquer dia, os dias seriam todos iguais, e eu não teria férias!
Assim o principezinho cativou a raposa. Mas, quando chegou a hora da partida, a raposa disse:
- Ah! Eu vou chorar.
- A culpa é tua, disse o principezinho, eu não queria te fazer mal; mas tu quiseste que eu te cativasse...
- Quis, disse a raposa.
- Mas tu vais chorar! disse o principezinho.
- Vou, disse a raposa.
- Então, não sais lucrando nada!
- Eu lucro, disse a raposa, por causa da cor do trigo.
Depois ela acrescentou:
- Vai rever as rosas. Tu compreenderás que a tua é a única no mundo. Tu voltarás para me dizer adeus, e eu te farei presente de um segredo.
Foi o principezinho rever as rosas:
- Vós não sois absolutamente iguais à minha rosa, vós não sois nada ainda. Ninguém ainda vos cativou, nem cativastes a ninguém. Sois como era a minha raposa. Era uma raposa igual a cem mil outras. Mas eu fiz dela um amigo. Ela á agora única no mundo.
E as rosas estavam desapontadas.
- Sois belas, mas vazias, disse ele ainda. Não se pode morrer por vós. Minha rosa, sem dúvida um transeunte qualquer pensaria que se parece convosco. Ela sozinha é, porém, mais importante que vós todas, pois foi a ela que eu reguei. Foi a ela que pus sob a redoma. Foi a ela que abriguei com o pára-vento. Foi dela que eu matei as larvas (exceto duas ou três por causa das borboletas). Foi a ela que eu escutei queixar-se ou gabar-se, ou mesmo calar-se algumas vezes. É a minha rosa.
E voltou, então, à raposa:
- Adeus, disse ele...
- Adeus, disse a raposa. Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos.
- O essencial é invisível para os olhos, repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
- Foi o tempo que perdeste com tua rosa que fez tua rosa tão importante.
- Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
- Os homens esqueceram essa verdade, disse a raposa. Mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável pela rosa...
- Eu sou responsável pela minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
queria dizer-te amiga que tenho pena que não tenhamos continuado esta nossa aventura. gostava tanto de partilhar contigo o prazer que eu penso que te falta e que tu mereces. foi pena não teres usufruido de tudo o que tinhamos para te dar e de termos parado quando havia ainda tanto a descobrir.
queria dizer-te obrigada amiga por estares sempre aí. por vires sempre que te chamo. por largares tudo por mim quando eu preciso. por seres o ombro, as palavras e o colo que eu preciso. por me olhares com esses olhos de afecto e admiração que me ensinam a olhar-me do mesmo modo.
queria dizer-te que tenho tantas dúvidas. não sei no que acreditar. gostava tanto que me conseguisses tirá-las pois custa-me acreditar no que me dizem. no entanto e com muita pena minha não vejo resposta em ti.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

queria dizer-te que preferia que não tivesses vindo naquele dia. pensava que vinhas para construir uma ponte, não para me deixares com as dúvidas com que fiquei. não sei porque me disses-te tudo aquilo. porque mais uma vez me fizeste sentir que estou a mais. terei sido eu a causa de todo o mal estar? serei assim tão incómoda? tão má companhia? terei tão poucas afinidades com vocês e os outros que preferem não estar comigo? não quero estragar férias nem momentos a ninguém nem impor a minha presença a pessoas que não querem estar comigo. tal como disse na altura: eu saio de cena, podes ficar descansada. não faço questão de pertencer a um clube que não me quer como sócia.
queria dizer-te, meu amigo, meu companheiro, meu amor, que te adoro por seres a pessoa maravilhosa que és e de quem tenho tanto orgulho.
por seres o meu porto seguro, a minha âncora, o meu confidente e mais que tudo por não desistires de mim.

(sei que isto vai ser assim um bocado pró lamechas mas eu não sei escrever tão bem como tu)
queria dizer-vos obrigada amigos por não se esquecerem de mim no meu dia de anos. é só uma mensagem ou um telefonema mas é o lembrarem-se que é importante, principalmente nos dias que correm, que nos vamos esquecendo de tanta coisa. muitas vezes o mais importante que são as pessoas. eu tento fazer o possível por não me esquecer de vocês embora também falhe mais do que eu gostaria.

queria dizer-te obrigada especialmente pela surpresa inesperada da tua presença, pois apesar de nos vermos se calhar 2 ou 3 vezes por ano?.. continuamos as mesmas de sempre e sei que posso sempre contar contigo. e tu sabes que também podes sempre contar comigo.

domingo, 5 de outubro de 2008

porque não tenho tempo
porque dá trabalho
porque já há muitos
porque ninguém vai ver
porque há coisas melhores para fazer

Why not?

Uma pergunta vezes sem conta repetida por aqueles que mudaram muito da minha vida e que me ensinaram a ir mais além. gostava tanto de lhes dizer umas coisas sobre o que aprendi com eles. não posso porque não os encontro. por isso decidi dar este nome a este blog. para pôr algumas das coisas que não digo às pessoas que passaram ou passam por mim,

porque não posso, porque não quero, porque não tenho coragem, ou porque deixei passar o momento...